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Doenças da pele
HIPOMELANOSE MACULAR PROGRESSIVA

A Hipomelanose Macular Progressiva (HMP) foi descrita, pela primeira vez, por Guillet e cols em 1980, como uma desordem da pigmentação em pacientes com mistura racial (negróides e caucasoides), residentes na Franca e originários do Caribe Frances.  

 

Ainda na década de 80, a doença foi relatada em outros países, não relacionada a mistura racial e com diferentes nomenclaturas como: hipomelanose macular confluente progressiva, cutis trunci variata, hipomelanose numular do tronco. É uma dermatose comum em diferentes continentes, tais como: África, Europa, Ásia e Américas. No Brasil, não ha dados epidemiológicos sobre esta dermatose. Trabalhos publicados descrevem uma maior prevalência no sexo feminino, em adolescentes e adultos jovens, com pele tipo 2 a 4 de Fitzpatrick. Clinicamente, caracteriza-se por maculas numulares mal definidas, hipopigmentadas, confluentes, de localização simétrica, em áreas seborreicas, geralmente no tronco posterior e anterior e, mais raramente, no pescoço e partes proximais das extremidades. As lesões são assintomáticas e não ha precedentes de lesão inflamatória.

 

Guillet et al. (1988) sugeriram que a Hipomelanose Macular Progressiva (CUTIS TRUNCI) é uma doença de caráter racial que acomete pessoas de raças miscigenadas. Essa hipótese se baseou na observação de achados ultraestruturais que revelaram melanossomos solitários (negróide) e melanossomos agregados (caucasoides) responsáveis por variações nas tonalidades da pele. A observação histológica de infiltrado linfocitico perifolicular moderado na lesão também sugere que a hipopigmentação da pele pode ser secundaria a um processo inflamatório; entretanto, não ha sinais clínicos de inflamação na Hipomelanose Macular

Progressiva

 

A sua patogênese ainda e incerta. Alguns autores sugerem a ação de uma subespécie do Propionibacterium acnes, na fisiopatologia do quadro. Os tratamentos propostos, descritos na literatura, são: fototerapia (PUVA, UVA ou UVB narrow band), peróxido de benzoila 5 % e clindamicina 1% tópicos. Ha relato do uso de doxiciclina via oral. A evolução e o prognostico da Hipomelanose Macular Progressiva ainda não estão bem estabelecidos. Alguns autores acreditam no desaparecimento espontâneo das lesões ate 10 anos, após o inicio do quadro.

 

TRATAMENTO HIPOMELANOSE MACULAR PROGRESSIVA:

Vários tratamentos para a Hipomelanose Macular Progressiva tem sido utilizados, com resultados variáveis: hidratação local, exposição solar, fototerapia, corticoides tópicos e tetraciclina via oral. No entanto, não ha consenso ou medicação de primeira linha para essa dermatose e os tratamentos usualmente empregados tem se mostrado pouco eficazes contra a P. acnes, com exceção da combinação de peróxido de benzoila 5% e clindamicina 1%. A clindamicina inibe a síntese proteica bacteriana, ligando-se a subunidade 50S do ribossomo, e o peróxido de benzoila possui radicais livres produtores de moléculas de oxigênio que reagemcom a parede celular bacteriana, eliminando a P. acnes. Alem disso, o uso combinado de peróxido de benzoila com antibiótico tópico reduz o risco de desenvolvimento de P. acnes resistente. A eliminação da P. acnes com uma terapia antimicrobiana tópica poderia melhorar a repigmentação nos pacientes com Hipomelanose Macular Progressiva.

IMPORTANTE: Procure o seu dermatologista para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

1.Santos JB, Almeida OLS, da Silva LM, Barreto ERM. Eficacia da combinacao topica de peroxido de benzoila 5% e clindamicina 1% para o tratamento da hipomelanose macular progressiva: um estudo randomizado, duplo-cego, placebo controlado. An Bras Dermatol. 2011;86(1):50-4

2.Duarte I, Della Nina BI, Gordiano MC, Buense R, Lazzarini R. Hipomelanose macular progressiva: estudo epidemiologico e resposta terapeutica a fototerapia. An Bras Dermatol. 2010;85(5):621-4.

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