


Doenças da pele
ROSÁCEA
ROSÁCEA (ACNE ADULTA)
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Rosácea (em latim: semelhante a rosas) é afecção crônica da pele, relativamente comum, que acomete predominantemente a área centro-facial, sobretudo regiões malares, nariz, região frontal e mento. Caracteriza-se por episódios recorrentes de ruborização, edema e vermelhidão facial, complicada pela presença de pápulas, pústulas, telangiectasias e fibrose tecidual.
A rosácea ocorre principalmente em adultos entre 30 e 50 anos de idade. É mais frequente em mulheres e, em geral, o quadro é mais extenso e moderado. Formas mais localizadas e graves são encontradas mais comumente nos homens.
A rosácea emerge da interação de predisposição genética individual, compreendida a partir do fototipo cutâneo e da capacidade reacional aumentada da vasculatura cutânea a estímulos variados e da presença de fatores ambientais desencadeantes. São descritos como fatores provocativos da rosacea exposição solar crônica, alterações emocionais, exposição a alterações climáticas abruptas, exposição a alimentos com alta temperatura, uso de bebidas alcoólicas, uso de drogas vasodilatadoras, utilização de substâncias fotossensibilizantes e/ou condições clínicas fotossensibilizantes. São também mencionadas situações clínicas liberadoras de substâncias que provocam flushing, alterações hormonais fisiológicas da fase do climatério e processos infecciosos (H. pylori), desordens gastrointestinais e disfunções hormonais indutoras da ação de citoquinas e outros mediadores (neuropeptídeos, como a substância P, por exemplo).
O possível envolvimento do Helicobacter pylori na etiopatogênese da rosacea é sugerido pela freqüente associação da rosácea com desordens do trato gastrointestinal, além da ação dessa bactéria em estimular a secreção de gastrina e pentagastrina, que podem desencadear o flushing (um importante sinal clínico da rosácea), e a liberação de potentes mediadores da inflamação.
A infestação local pelo Demodex folliculorum tem sido relacionada com a rosacea. Grosshans descreveu a possibilidade de os granulomas representarem uma reação de hipersensibilidade tardia ao agente. Porém, alguns autores duvidam do papel etiopatogênico do D. folliculorum na rosásea granulomatosa.
Rosácea é uma doença de curso crônico e não existe um tratamento que a elimine definitivamente, mas ela pode ser mantida sob controle.
ROSACEA GRANULOMATOSA:
Rosácea granulomatosa, também denominada rosácea lupóide, foi originalmente descrita em 1917 por Lewandowsky como tubercúlide. Em 1949, Snapp concluiu que a doença de Lewandowsky não tinha relação com a tuberculose, pois em uma revisão de 20 pacientes com essa doença não foi observada alta prevalência de tuberculose nem o teste de Mantoux foi reativo forte. Em 1958, van Ketel relatou um grupo de pacientes com quadro clínico típico de rosácea que apresentavam granulomas no exame histopatológico. Porém, somente em 1970, Mullanax e Kierland chamaram a atenção para uma distinta forma de rosácea que era caracterizada por granulomas epitelióides.
A rosácea granulomatosa é uma variante da rosácea papular com curso crônico e não remitente, que se apresenta com pápulas vermelho-acastanha- das sobre base eritematosa e infiltrada, condições suficientes para o diagnóstico da doença. Clinicamente pode ser diferenciada da rosácea clássica pela localização das lesões, que geralmente ocorrem na superfície lateral da face e no pescoço abaixo da mandíbula,e histopatologicamente pela presença de granulomas epitelióides, estando ambos os achados presentes no caso em questão.
TRATAMENTO ROSACEA:
O tratamento inclui o uso de antibióticos orais, como tetraciclina e seus derivados, e claritromicina, e medicações tópicas, como metronidazol, ácido retinóico e ácido azeláico, além de orientações para exclusão dos possíveis fatores provocativos. A rosácea granulomatosa classicamente responde bem à administração sistêmica de tetraciclina. No entanto, a tendência a desenvolver recidivas ou recorrências pode persistir por muitos anos. Embora alguns indivíduos pareçam necessitar de antibioticoterapia sistêmica prolongada para manter as remissões, outros, no entanto, evoluem satisfatoriamente evitando os fatores desencadeantes e fazendo uso de medicações tópicas, como o gel de metronidazol.
A tetraciclina agiria mais como antiinflamatório do que como antibiótico, reduzindo a migração dos leucócitos e a fagocitose.Sua eficácia na terapêutica da rosácea começou a ser identificada por Sneddon, que constatou 80% de bons resultados com o uso da tetraciclina. A limeciclina, apresenta resultados pela comprovada eficácia da tetraciclina nos casos de rosácea, bem como por ser droga que apresenta menos efeitos colaterais.
O gel de metronidazol (rozex), um imidazólico classificado como agente antiprotozoário e antibacteriano, tem sido usado com sucesso na rosácea leve a moderada, apesar de não ser conhecido seu exato mecanismo de ação. Dahl et al. demonstraram em trabalho randomizado, duplo-cego, que, na maioria dos indivíduos estudados (77%), o tratamento contínuo, somente com o gel de metronidazol, manteve a remissão da rosácea moderada a grave, inicialmente tratada com tetraciclina oral e gel de metronidazol tópico.
Laser rosacea e lip rosacea:
O dermatologistas pode escolher entre uma crescente variedade de laser e tratamentos não-laser de luz disponíveis para tratamento de rosácea.
A forma recente da terapia da luz chamada luz intensa pulsada (LIP) também surgiu como um tratamento promissor, que ostenta tempo de recuperação muito pouco.
Os benefícios do laser e tratamentos de luz, que incluem uma redução drástica dos sintomas com poucos efeitos colaterais, são especialmente eficazes para as formas de rosácea envolvendo vermelhidão facial, vermelho visível vasos sanguíneos.
IMPORTANTE: Procure o seu dermatologista para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
bibliografia: Trindade Neto PB, Rocha KBF, Lima JB, Nunes JCS, Oliveira e Silva AC.Granulomatous rosacea: case report – a therapeutic focus: An Bras Dermatol. 2006;81(5 Supl 3):S320-3.
